O programa da Embaixada do Reino Unido no Brasil busca coordenar os avanços técnicos e legislativos da produção de energia sustentável
A Embaixada do Reino Unido no Brasil está desenvolvendo um programa de longo prazo para ajudar o país a modernizar suas fontes de energia, ou seja, diminuir a energia que é gerada através de combustíveis fósseis. Até 2030, com o crescimento do mercado brasileiro, é estimado também um crescimento de até 60% no consumo de energia, o que, na prática, resultaria num investimento necessário de pelo menos 365 bilhões de libras esterlinas.
Um dos grandes problemas que o setor energético brasileiro enfrenta é a falta de uma infraestrutura dedicada. É relevante apontar também a falta de tecnologia de ponta, as regulações burocráticas e a grande competitividade do mercado.
O programa contempla a criação de um Centro de Energia exclusivo que, dentre outras funções, identificará os maiores problemas na cadeia de trabalho e poderá empreender ações para coordenar melhor toda a infraestrutura. Essas medidas, é claro, buscam também aumentar a geração de empregos na área, especialmente no tocante às propostas do programa da Embaixada do Reino Unido.
Dois dos principais focos do projeto são a produção, manuseio, consumo e desenvolvimento de energias sustentáveis, as chamadas “energias verdes”, com atenção especial ao biogás e ao biodiesel, e a regulamentação oficial dessas iniciativas. Há, segundo os informes da Embaixada, uma necessidade grande de promover a integração entre os avanços técnicos e legislativos, sendo este outro ponto de interesse dos já mencionados centros de energia.
A proposta faz parte do programa ‘UK Government’s Prosperity Fund’ (Fundo para a prosperidade do governo do Reino Unido, em tradução livre), que busca manter uma relação econômica estável com o Brasil por meio do estudo e produção de energias com baixo teor de carbono, também conhecidas como energias sustentáveis.