Uma das cinco maiores colônias de imigrantes do Brasil, a comunidade alemã ainda mantém muitos dos seus costumes
Não é segredo que o Brasil é um país pluricultural e o brasileiro é o legítimo filho da miscigenação. Uma das maiores colônias no país é a alemã, presente principalmente nas regiões sul e sudeste, nos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.
Estima-se que existam aproximadamente 5 milhões de descendentes alemães atualmente no Brasil.
O grande momento da imigração alemã se deu durante o fim do século dezenove e os primeiros 20, 30 anos do século vinte. As causas, principalmente do século dezenove, variam entre insatisfação social, falta de perspectiva em um estado alemão recém-formado (a Alemanha só passou a existir como um país unificado em 1871) e, paradoxalmente, a industrialização, entre muitas outras.
O fenômeno industrial, ao mesmo tempo em que desequilibrou o mercado alemão que ainda tinha elementos feudais, impulsionou a onda migratória para países em ascensão, como o Brasil, que, por conta da proibição da escravidão, necessitava de mão de obra.
Alemães que emigraram para o Brasil acabaram, em muitos dos casos, em fazendas do interior de São Paulo para trabalhar nas lavouras de café. Outros foram para os estados da região Sul trabalhar com todo tipo de ofício.
Assim, começaram a surgir as colônias alemãs. Na região Sul muitas se fecharam, ao ponto dos descendentes da época não aprenderem português, e, até hoje, só falam alemão e outros dialetos, como a língua pomerana.
Por conta dessa característica mais fechada, muitos festivais e costumes tradicionais são celebrados até hoje. Em São Paulo, por exemplo, há o May Fest e o Brooklin Fest, dois festivais de cultura alemã no bairro paulista do Brooklin, enquanto no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina acontece o Oktober Fest.
Foto: Roberto Maia
