A Estação da Luz, inaugurada há um século e meio, foi o berço do transporte ferroviário do Estado de São Paulo
A Estação da Luz é uma das principais estações ferroviárias da cidade de São Paulo e também o marco zero das estações paulistas. Construída há 151 anos, em 1867, pela companhia inglesa São Paulo Railway, a estação começou da mesma maneira que muitas outras: um prédio simples, cujo projeto partiu do arquiteto britânico Charles Henry Driver, especialista no uso de ferro ornamental.
Ao longo dos anos, a estação recebeu melhorias e reformas até chegar à que conhecemos hoje. A primeira dessas reformas foi feita ainda no século dezenove, em 1888, num projeto da companhia de ampliar as plataformas dos passageiros e aumentar a edificação.
Além do grande fluxo de passageiros, que se mantém até os dias de hoje, a estação era de extrema importância para o armazenamento dos grãos de café que seriam, mais tarde, levados ao porto de Santos. A importação de grande parte dos materiais necessários para a construção possibilitou muitas dessas reformas, que adicionaram andares ao prédio, salas ao prédio da administração e ampliaram a linha.
No século vinte, alguns edifícios foram demolidos e deram espaço ao que ficaria conhecida como a terceira estação, já bastante semelhante à atual. No fim dos anos 40 a estação foi quase que totalmente destruída por um incêndio e seu estado, mesmo com as reformas, não ficou totalmente renovado.
Depois do incidente, foi totalmente restaurada somente entre os anos 90 e 2000. Atualmente ela ainda é um importante ponto do transporte público paulista, dado que possibilita a transferência para outras linhas do metrô ou do trem.
Junto à estação está o Museu da Língua Portuguesa, importante acervo artístico cultural e histórico do idioma e também a Pinacoteca do Estado de São Paulo, um dos museus de arte moderna mais renomados do Brasil.