O público LGBTQ tem à disposição diversas exposições em museus britânicos por meios digitais
O ano de 2020 seria um ano de muito prestígio para a comunidade LGBTQ, com várias exposições culturais e galerias dedicadas ao público geral; um grande passo para que formas de arte das mais variadas fossem apresentadas às pessoas, para que pudessem ver como é se expressar dentro dessa comunidade tão especial. Infelizmente, a pandemia surgiu em março e varreu a possibilidade de exposições físicas, mas não se preocupe: muitas delas estão agora disponíveis de forma virtual.
As exposições LGTBQ em museus e galerias de arte foram canceladas ou remarcadas e muitos artistas migraram para as redes sociais em busca de reconhecimento.
Como complemento da matéria sobre tours virtuais no início da revista, nessa seção apresentamos uma lista dedicada ao público LGBTQ. Escolha seus tours preferidos e boa diversão!
Aubrey Beardsley
Este jovem artista, que nos deixou aos 25 anos, mereceu uma exposição online no Tate Britain. Seu talento se mostra principalmente nas pinturas provocativas, eróticas e elegantes que chocaram Londres no final da Era Vitoriana. Ele ficou conhecido também por ser amigo próximo do dramaturgo Oscar Wilde, a quem ajudou em alguns projetos. Acesse esta exposição online clicando aqui.
Andy Warhol
O Tate Modern seria palco de uma exposição sobre o artista Andy Warhol, a primeira em quase 20 anos, mas devido à pandemia foi transferida para o meio digital. Virtualmente, é possível acompanhar sala por sala do museu onde está exposto o acervo de 25 retratos de mulheres trans e drag queens negras e latinas. Acesse esta exposição online clicando aqui.
Desejo, amor e identidade: um rastro da história LGBTQ
O Museu Britânico disponibilizou uma pequena exposição que segue os rastros da cultura LGBTQ ao longo da história. Você pode escolher entre ver os objetos diretamente ou então acompanhar a história, indo de uma ânfora de vinho da antiga Atenas, na Grécia, e chegando a uma caixa de tesouros dos Maori (povo nativo da Nova Zelândia). Ao mesmo tempo, é possível ouvir o guia virtual explicando sobre os objetos que você vê. Acesse esta exposição online clicando aqui.
Victoria and Albert Museum
Lar de mais de 2,3 milhões de objetos, este museu de arte e design de Londres conta com funcionários dedicados a explorar o mundo queer, o gênero e a sexualidade através de suas coleções. O Grupo de Trabalho LGBTQ, por exemplo, ajudou a identificar e analisar artes relevantes para a comunidade, compartilhando suas descobertas no blog “Out in the Museum“. Para quem quiser ir direto para as imagens, basta acessar o mecanismo de busca e digitar “LGBTQ”, que os resultados exibirão dezenas de páginas úteis para a pesquisa. Acesse esta exposição online clicando aqui.
Outro evento que acabou indo para o meio digital foi a Parada LGBTQ. Embora o evento oficial tenha sido cancelado em Londres, em muitas outras partes do mundo, como no Brasil, ele foi ou remarcado ou transferido para veículos online. Além disso, muitos artistas fizeram apresentações ao longo do mês de junho para promover e festejar o mês dedicado ao orgulho LGBTQ, mas não foi tudo: outras atrações aconteceram por detrás das telas, como shows de drag queens, conversas com figuras importantes do meio, entrevistas com atores e atrizes influentes e muito mais.
Um dos principais meios de comunicação remota atualmente é o Zoom; as pessoas estão até fazendo baladas e after parties pelo aplicativo, cada um na sua respectiva casa. Isso é um avanço e tanto quando lembramos da época do Skype, já que agora contamos com tantas alternativas. Felizmente, as pessoas conseguem se adaptar e não perder a esperança, principalmente entre a comunidade LGBTQ.