Expressões do Norte do Brasil

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A origem de curiosas e divertidas expressões com origem no norte do país e que foram “adotadas” em outros Estados brasileiros

A língua, por estar em constante mudança, pode até ser considerada um organismo vivo. Se no Reino Unido, um país de território pequeno, existem vários dialetos, imagine num lugar com as dimensões do Brasil. Justamente por essa característica que o Brasil abriga algumas das mais curiosas e surreais expressões populares da língua portuguesa, equivalentes aos “idioms” ou “expressões idiomáticas” do inglês e outras línguas.

Começamos esse singelo e divertido quadro com expressões que são específicas da região Norte do país, usadas pelos habitantes do Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Lembrando que todas essas ilustres expressões muitas vezes são encontradas em outras partes do país por conta da migração, mas suas origens, estudadas pela sociolinguística, costumam ser específicas de um Estado.

 

Mata-Gato: significa marginal ou bandido. Bom, esperamos que eles não machuquem nenhum animal no processo.

Peixada: o termo é usado quando alguém consegue algum emprego ou benefício não por mérito, mas sim por ter contatos importantes.

Arri djanga: uma expressão de surpresa, espanto ou choque diante de alguma situação. Em outras palavras, é o equivalente nortenho ao “eita”  falado na região Sudeste do país.

Baldear: a transformação do substantivo “balde” para o verbo “baldear” implica que o sujeito da frase está, com o uso de um balde, lavando algum lugar.

Espocar: pode ser traduzida, literalmente, para estourar. Portanto, caros leitores, tomem cuidado quando alguém disser que o local pode espocar, porque você correrá risco iminente de explodir. Pode ser usada também quando uma pessoa diz que comeu muito. Ou seja, “comeu até espocar”.

Bribote: os salgados e doces, conhecidos popularmente como salgadinhos, snacks ou ainda besteiras, são chamados de bribote, ao menos na capital do Acre, Rio Branco.

Levar o farelo: na capital do Pará, Belém, essa curiosa expressão significa morrer. Ou melhor, ser morto. Talvez o “farelo” sejam as cinzas depois do crematório? Fica a reflexão.

Égua de largura: essa veio do Amapá e significa “ter muita sorte”. Sua origem, muito provavelmente, deve ser das corridas de cavalo.

Paidégua: a égua parece o animal favorito da região norte quando falamos em expressões. Apesar da origem ser provavelmente do Ceará,  hoje em dia ela é muito mais usada em estados como Pará e Amapá. Significa que algo é muito legal ou muito interessante.

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