Consumido pela humanidade há séculos, nos últimos tempos os vinhos de altitude têm conquistado novos horizontes e o segmento vem se tornando uma das novas especialidades brasileiras
Segundo dados do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), só no ano de 2015, o mercado obteve um crescimento recorde, aumentando as exportações em 35%.
Dentro dessa tendência, um dos temas que mais tem chamado a atenção nos rótulos e nos sites de vinícolas é a importância dada à altura em que se encontram os vinhedos.
De acordo com enólogos, a altitude conta muito para um bom produto final, pois a uva é fortemente influenciável pelas situações que a rodeiam.
No ciclo vegetativo da uva, o mais importante são os últimos 30 ou 40 dias – o final do período de maturação. Quanto mais esse ciclo for prolongado e suave, melhor será a qualidade do produto final. E acredite: os especialistas dizem que 15 dias de retardo na colheita são capazes de fazer mágica no vinho!
Neste sentido, a altitude é mais um fator positivo. Locais frios à noite e ensolarados durante o dia são essenciais para a obtenção de uvas de alta qualidade, que, com menos intervenção química e um amadurecimento gradual, produzem melhores vinhos.
No Brasil, um dos locais de maior sucesso para o cultivo do vinho de altitude é o planalto de Santa Catarina. Em São Joaquim, a 1.300m, o cultivo das uvas Cabernet Sauvignon, Merlot e Chardonnay é beneficiado pela altitude do local, tipo do solo e do clima, resultando em vinhos de alta qualidade e raro sabor.
O vinho de altitude tem se firmado cada vez mais como uma nova especialidade do diversificado cenário brasileiro. E você? Já provou?