Antes de começar a se falar de Flores Raras, uma linda história de amor, apresentada no livro da autora Carmen L. de Oliveira, volta-se à Grécia antiga e a origem da palavra “lesbianismo” em seu sentido amoroso, Lesbos era a ilha onde vivia a grande poetisa grega Safo, 25 séculos atrás. Reconhecida entre os nove maiores poetas líricos da antiguidade (os outros eram homens e entre eles Alceu), ela era famosa também por dedicar seus poemas de amor a outras mulheres. Safo nunca escreveu seus poemas, apenas cantava seus versos, acompanhada de uma lira, daí a poesia lírica.

Flores Raras também foi transformado em filme, produzido pelo diretor “Bruno Barreto”, lançado em 2013 e não fugiu do foco principal. Foi baseado na história real de amor entre duas talentosas mulheres, durante uma difícil época dos anos 50 e 60, desafiando uma sociedade muito conservadora da qual se exigia o casamento entre homem e mulher e que “fossem felizes para sempre”. Este relacionamento amoroso clandestino entre Lota e Elizabeth contribuiu para uma mudança positiva no comportamento de uma sociedade conformista em relação ao LGBT.
Normas são necessárias, mas a cultura só pode ser medida pelo modo como dividimos perdas e ganhos. Neste período também aconteceu a construção e a inauguração da capital Brasília e marcou início da Bossa Nova. As personagens principais são interpretadas pelas atrizes Glória Pires (Lota Soares) e Miranda Otto (Elizabeth Bishop). A excelente interpretação dos papéis contribuiu muito para render ao filme, com muito sucesso internacional, o prêmio como o melhor na mostra do festival LGBT, realizada em 2014 no MAC, centro cultural de arte, em Birmingham (UK) e também vários prêmios no Brasil.
Livro “Flores Raras e Banalíssimas” marca importante período na literatura brasileira
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