A batalha das estações – Verão 

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O verão é um período de muita expectativa no Reino Unido. A primavera já cumpriu o seu papel, em uma prévia de aquecimento, mas agora é a hora do show principal, da esplêndida luz do sol, das férias escolares e das longas tardes ao ar livre. 

Para muitos, o verão é mais parecido à chegada a um destino do que apenas um período de sol: é uma pausa merecida depois de nove meses de climas extremos. Essa pausa, porém, pode levar a um comportamento excêntrico, típico da estação. 

Em casa, mais do que nunca, onde nosso orçamento anual para jardinagem foi gasto com móveis descartáveis de jardim e com um saco de carvão, convocamos nossos amigos que não possuem jardim, para testar nossas instalações ao ar livre e, em seguida, chove, sem parar. Nada capta melhor a essência de uma noite em pleno verão britânico do que um churrasco acompanhado de um guarda-chuva. 

Descartamos a cerveja escura e optamos por coquetéis continentais, e convencemos a nós mesmos que chinelos e calça jeans combinam. Desenterramos as bicicletas, saímos para caminhadas, alimentamos patos nos lagos dos jardins e uma vez que a decepção com o esporte nacional acabou, assistimos consideravelmente menos televisão. Pelo menos por agora, somos amantes das atividades ao ar livre. E depois chove. De novo. 

Mas existe um elemento que faz o verão britânico único: Londres. É aonde se definem as tendências dos acontecimentos culturais da nação, que dão o pontapé inicial para os comportamentos dos dias ensolarados. Ninguém aproveita um fim de tarde de verão como o povo da cidade de Londres. E só isso, mais do que tudo, já faz a espera do verão valer a pena. 

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Sobre o Colunista:

Ed, inglês de 37 anos, vive em São Paulo desde 2008. É escritor, tradutor e especialista em branding internacional. Sendo pai de dois brasileirinhos, Willoughby e Jasper, ele passa grande parte de seu tempo lhes ensinando os méritos do golfe, rúgbi e críquete.