A Federação Europeia de Ciclismo (ECF European Cyclist Federation) escolheu o Brasil para sediar o Velo-city 2018. O evento, que vai discutir propostas para viabilizar cada vez mais o uso de bicicletas na cidade, acontecerá no Rio de Janeiro e estima-se que aproximadamente três mil pessoas participarão de forma direta ou indireta no evento, segundo a Prefeitura do Município.
O Velo-city acontece anualmente. Nos anos ímpares os países sedes são sempre na Europa, já nos pares, o foco é escolher localidades onde projetos para aumentar o uso de bicicletas estão sendo desenvolvidos.
O Rio de Janeiro teve um aumento perceptível no número de ciclistas nas ruas, principalmente após a implantação do aluguel de bicicletas públicas em diversos bairros da cidade e da extensão e criação de ciclovias. Entretanto, “para que se saiba o que fazer, é preciso um monitoramento contínuo do ciclismo como meio de transporte urbano, e não é o que acontece na Prefeitura do Rio”, afirma o arquiteto Alziro Neto, que na sua dissertação de mestrado fez um comparativo entre as ciclovias do Rio de Janeiro com a de outras cidades mais avançadas no tema.
Um evento desse porte pode modificar o panorama atual ao trazer propostas e novos projetos para o centro do debate. Uma série de palestras e discussões será organizada além de, possivelmente, uma “bike parade” que percorrerá as ruas para buscar visibilidade não só para o evento, mas também para as demandas dos ciclistas.
Além do Rio de Janeiro, a cidade de São Paulo também tem trabalhado duro para tornar cada vez mais viável a locomoção através das bicicletas e, de 26 a 29 de maio desse ano, será sede da primeira edição do Bicicultura. Realizado pela União dos Ciclistas do Brasil (UCB) juntamente com a Associação dos Ciclistas Urbanos de São Paulo (Ciclocidade) e outras organizações, esse será o maior encontro nacional para discutir sobre o tema.
