A Ginástica Artística e os Jogos Olímpicos

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A Ginástica Artística, mais conhecida no Brasil como Ginástica Olímpica, é um esporte que requer de seus adeptos um completo domínio do corpo. É um conjunto de exercícios corporais sistematizados, conjugando força, agilidade e elasticidade.  A Ginástica Artística surgiu na Grécia Antiga, entretanto, sua primeira edição aconteceu em Atenas (1896), onde a equipe vencedora da primeira disputa olímpica foi a da Alemanha, seguida da Grécia e da Suíça. A primeira participação feminina aconteceu em Amsterdã (1928), com vitória da equipe anfitriã.

A Federação Internacional de Ginástica (FIG) é a entidade responsável pelas modalidades competitivas em âmbito mundial da Ginástica Artística. As categorias são a masculina, a feminina e por equipe. Os homens competem nas modalidades de barra fixa, barras paralelas, cavalo de alças, salto sobre mesa, argolas e solo. As mulheres disputam exercícios de solo, (com fundo musical, que deve ser muito bem pensado e mixado para favorecer a personalidade da ginasta, e a apresentação deverá ter duração entre 70 e 90 segundos), salto sobre a mesa, paralela assimétrica e trave de equilíbrio. Os exercícios são avaliados por um painel de árbitros que tem como função avaliar o valor máximo do conteúdo do exercício e que compreende diversos valores de dificuldades.

As nações que mais subiram ao pódio na história da Ginástica Artística nos Jogos Olímpicos foram: A União Soviética (com Larissa Latynina, detentora de 19 medalhas – nove de ouro, cinco de prata e quatro de bronze); o Japão (com Takashi Ono, detentor de oito medalhas mundiais e treze olímpicas, sendo quatro delas de ouro, e foi o primeiro japonês a conquistar uma medalha de ouro olímpica individual); os Estados Unidos (com Kim Zmeskal ganhando o primeiro título em 1991, e Shannon Miller, medalhista por cinco vezes, que detém um total de sete medalhas olímpicas e nove mundiais, sendo considerada a ginasta mais bem sucedida da história da modalidade, por ter conquistado o maior número de medalhas); a Alemanha (com Alfred Schwarzmann, campeão olímpico em 1936 e Konrad Frey – ouro na barra fixa e no cavalo com alças). Enquanto equipe, a Alemanha possui dois títulos olímpicos: um feminino e um masculino; e a Romênia (com Nadia Comaneci, ginasta que atingiu grande êxito nos Jogos Olímpicos de Montreal 1976 com a primeira nota dez da história da Ginástica Artística feminina, logro repetido em 30 outras ocasiões de sua carreira).

Destaques

Até 2011, o Brasil destacou-se pelo crescente aperfeiçoamento nessa modalidade e conquistou nove medalhas em Mundiais, sendo três de ouro, três de prata e três de bronze.  Diego Hypólito e Diane dos Santos foram os atletas mais importantes nesse período. Diane era uma grande esperança em Atenas 2004, indo à final e obtendo a quinta colocação. Foi a primeira ginasta a executar um salto no solo chamado “Twist Carpado”, movimento que, posteriormente, foi batizado com o sobrenome de Diane: “Dos Santos”.  Jade Barbosa também foi outro nome de peso para a equipe da época.

Diego Hypólito chegou como favorito na categoria solo em Pequim 2008, mas uma queda no último movimento tirou as chances do atleta, que terminou em sexto lugar. Nos Jogos de Londres 2012, novamente Diego caiu e ficou de fora do pódio. O estreante paulistano Arthur Zanetti enfrentou o chinês Yibing Chen e superou todas as expectativas, cravando 15.900 pontos e faturando a medalha de ouro.

A Grã-Bretanha destaca-se pela qualidade de seus atletas. Na equipe masculina temos Louis Smith, com o aparelho de seu melhor desempenho, o cavalo de alças. Em 2007, Louis participou do Mundial de Stuttgart (o primeiro da carreira), no qual conquistou a medalha de bronze. Com esse resultado, classificou-se para os Jogos Olímpicos de Pequim 2008. Nessa edição, a medalha de bronze o levou ao pódio. Já na equipe feminina, o nome de Elizabeth Kimberly Tweddle aparece com força – é uma ginasta da África do Sul, que compete pela Grã- Bretanha. Aos dezoito meses de idade, mudou-se para a Inglaterra e aos sete anos praticava, em um clube local, a ginástica artística. Em 2001 venceu seu primeiro campeonato nacional, levando a medalha de ouro, assim como no Campeonato Europeu (em 2006), na categoria das barras assimétricas.

Conhecendo alguns detalhes sobre a Ginástica Artística

Podemos citar que a ginástica é dividida em duas modalidades: a olímpica e a rítmica – que foi incluída nos Jogos Olímpicos em 1984, onde só as mulheres competem. A modalidade combina movimentos de corpo com a coreografia de pequenos equipamentos, como uma corda, uma bola ou uma fita.

A postura com os dois braços elevados acima da cabeça, nariz para cima, peito estufado e uma pequena lordose é a apresentação mais tradicional da ginástica feminina. A postura masculina pode ser feita com um braço elevado ou com os dois abaixados próximo da coxa, com um movimento de curvatura da coluna.

A apresentação tradicional é feita ao árbitro principal da prova e ao aparelho, obrigatoriamente, antes e ao término da série ou do salto. A postura masculina pode ser feita com um braço elevado apenas ou com os dois abaixados próximos da coxa, com um movimento de curvatura da coluna, como se estivesse realmente cumprimentando o árbitro ou reverenciando o aparelho.

Falando em aparelhos, até os Jogos Olímpicos de Atlanta, ainda saltava-se sobre o cavalo. Com vistas a proporcionar mais segurança e, claro, ainda mais impulsão, foi desenvolvida o que vemos hoje, a mesa de salto. Com muito mais área de superfície e um design mais seguro, principalmente para saltos de abordagem de costas para o aparelho, a evolução e estabilidade dos saltos com maior dificuldade é notória.

Na Trave de Equilíbrio, o atleta deve realizar uma série entre 1,10s a 1,30s e dispõe de apenas 10 segundos para retornar ao aparelho em caso de queda. Os elementos são: as entradas, os saltos ginásticos, o giro obrigatório, os elementos acrobáticos com voo e saída.

O Piso Solo apresenta-se em um tablado delimitado por uma faixa branca que reserva um espaço de segurança, mas que se pisada além, provoca descontos na pontuação final da apresentação. Existe, para isso, o árbitro de linha que é o responsável por essa observação. Nas séries mais modernas apresentam mais de três sequencias acrobáticas.

A prancha ou trampolim é um auxiliar para o salto e também para as entradas de trave e nas paralelas, e os modelos atuais possuem molas para proporcionar ainda mais impulsão. Não se utiliza a prancha no solo em competição. Ela pode ser colocada a qualquer distância do aparelho, conforme a conveniência de cada ginasta. Geralmente os atletas têm uma medida padrão para o exercício que utilizarão a prancha, que é feita com os pés e marcada com um esparadrapo, facilitando a visualização de quem estiver encarregado de arrumá-la.

Sobre aquele pó branco que os ginastas utilizam para aumentar a aderência e diminuir a sensação escorregadia dos exercícios nas barras, é de muito valia para os que transpiram demais nas mãos e nos pés.  O pó de Magnésio – Carbonato de Magnésio – deve ser utilizado com moderação em todos os aparelhos, sendo que na trave e no solo apenas com pequenas marcas, como um “x”, orientando os elementos acrobáticos mais difíceis. O uso incorreto é considerado como uma pequena falha, com desconto de um décimo na nota final do respectivo aparelho. A mistura deve ficar na medida certa conforme cada ginasta, nem muito molhada nem muito seca.  Just perfect!

Para saber mais sobre Ginástica Artística:

Campeonato Mundial de Ginástica Artística

www.pt.wikipedia.org/wiki/Louis_Smith

www.pt.wikipedia.org/wiki/Elizabeth_Tweddle

 Fonte: Comitê Olímpico Brasileiro

www.luisaparente.com.br/curiosidades-da-ginastica/

www.pt.wikipedia.org/wiki/Gin%C3%A1stica_art%C3%ADstica

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