A região Amazônica é de extrema importância não só para o Brasil, mas também para o mundo
Um dos territórios mais conhecidos do Brasil é a Região Amazônica. Desde o primário, as escolas ensinam as crianças brasileiras que a região abriga a maior parte do que restou das florestas tropicais da Terra. Sua existência é tão significativa que, em 2000, foi considerada Patrimônio da Humanidade pela UNESCO.
A Floresta Amazônica está espalhada por nove países, sendo a sua maior parte presente no Brasil (cerca de 60% do total). Ela está também no Peru, Venezuela, Equador, Bolívia, Colômbia, Guiana Francesa, Guiana e Suriname.
Mais especificamente no Brasil, ela compreende, em totalidade ou em partes, todos os estados da região Norte (Acre, Amapá, Amazonas, Roraima, Pará, Rondônia e Tocantins) e alguns estados das regiões Nordeste e Centro-oeste (Maranhão, Mato Grosso e Goiás). Isso faz com que ela seja responsável também pelo maior bioma brasileiro, que é o amazônico, cobrindo praticamente a metade do território total do país.
Estudiosos acreditam que ela foi formada há pelo menos 50 milhões de anos e sua vegetação mudou consideravelmente desde então, tendo enfrentado alguns períodos glaciais e todo tipo de mudança atmosférica, climática e terrestre. Apesar disso, foram justamente essas mudanças que contribuíram para a sua enorme biodiversidade, tida como a mais rica do mundo inteiro, já que muitas espécies conseguiram sobreviver e evoluir nessas condições.
Uma curiosidade interessante é a que o solo amazônico é muito pobre em nutrientes e minerais. Mas, você deve estar pensando, como é que uma floresta dessa magnitude pode ter um solo fraco? Bem, a resposta é simples: equilíbrio. O ecossistema atingiu um nível de perfeição quase inacreditável na absorção de nutrientes.
Como se não bastasse ser a maior floresta tropical do globo, ela também abriga a maior bacia hidrográfica do mundo, que por si só já bateu o recorde de possuir o rio mais longo e volumoso do mundo, o rio Amazonas, que nasce na Cordilheira dos Andes e percorre o Peru, a Colômbia e finalmente o Brasil, por onde deságua no Oceano Atlântico.
Com relação aos aspectos antropológicos, acredita-se que os primeiros humanos se estabeleceram na floresta há mais ou menos 10.000 anos. Por volta do século dezesseis, com a chegada dos colonizadores, muitas populações indígenas desapareceram, ora por conta de conflitos, ora por causa de doenças desconhecidas vindas da Europa. Mas, felizmente, isso não impediu que suas tradições sobrevivessem, fazendo parte hoje da cultura brasileira, especialmente da região Norte.
Como já mencionado, um dos pontos principais da região amazônica é a sua enorme biodiversidade. A fauna e a flora são de uma riqueza inigualável se comparadas ao resto do mundo e ambas são alvo de pesquisas, estudos e análises de acadêmicos, pesquisadores e empresas de todos os lugares, já que são dezenas de milhares de espécies de plantas e animais.
Mesmo com todos os esforços de catalogação e identificação, não há informações sobre todas as espécies que vivem lá. Alguns dos mais famosos animais são a onça-pintada, a suçuarana, a arara canga, o azulão da Amazônia, o tucano e o jacaré-açu, enquanto as plantas mais conhecidas são a bromélia, o jatobá, o cupuaçu, a graviola e o guaraná.
Essa vasta biodiversidade é a base que segura firme o tão importante equilíbrio ecológico, não só da própria floresta como de outros biomas próximos e mesmo da agricultura, que depende de agentes polinizadores naturais para a produção de alimentos e grãos. Vale ressaltar também que a presença desses agentes contribui para a propagação de espécies das mais variadas plantas, reduzindo progressivamente o perigo de extinção.
Outra razão para a importância da floresta são suas árvores. Elas liberam em formato de vapor uma quantidade impressionante de água suficiente para abastecer a metade inferior (centro oeste, sudeste e sul) do país com chuvas e, também, vários países vizinhos (como Argentina e Uruguai). Além dos benefícios óbvios desse fenômeno, ele também colabora para o abastecimento de hidrelétricas – usinas que produzem energia através da água.
A região amazônica é, acima de tudo, um importante catalisador climático, principalmente quando consideramos as estranhas mudanças climáticas pelas quais o mundo passa atualmente (como o verão londrino, por exemplo). Suas plantas ajudam a regular a quantidade de carbono na atmosfera, promovendo um ar mais limpo e fresco.
Para tentar frear o desmatamento, uma ideia atualmente sendo colocada em prática é o ecoturismo sustentável e também o extrativismo consciente, cujas práticas podem substituir costumes semelhantes, porém destrutivos. Ao empregar a população local, por exemplo, é possível fiscalizar melhor a quantidade de impacto natural e ainda gerar receita, que pode ser revertida para a manutenção da própria região e ainda educar turistas e os próprios habitantes locais.
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