A história do jeans tem inicio em Nimes, na França, onde o tecido foi fabricado pela primeira vez, por volta do ano de 1792. Ficando conhecido por “tecido de Nimes”, expressão que com o tempo foi abreviada para “denim”
O “tecido de Nimes” era utilizado na roupa dos marinheiros do Porto de Genova. Esses marinheiros genoveses tinham o costume de chamar “genes” às suas calças de trabalho. E quando pronunciavam a palavra “genes”, com o habitual sotaque italiano, a expressão acabou por se transformar, com o tempo, em “jeans” e assim se espalhou pelo mundo.
Mais tarde, chegou aos Estados Unidos por meio de Levi Strauss, que procurava um tecido mais resistente, durável e confortável de usar. Então, decidiu procurar esse tecido na Europa, continente mais desenvolvido à época, e passou a usar o tal “tecido de Nimes”, feito de algodão sarjado. O primeiro lote trazido por Levi Strauss tinha como código o número 501, que acabou se tornando o modelo mais famoso e clássico da marca.
Durante a Segunda Guerra Mundial, o tecido foi usado no uniforme dos soldados americanos, dando ao denim uma imagem de virilidade e força. Na década de 40, o sucesso do jeans ficou por conta dos cowboys do asfalto, que andavam em motos Harley-Davidson com os seus jeans surrados.
Mas foi na década de 50 que a peça se disseminou como símbolo de rebeldia, com o filme Juventude Transviada – protagonizado pelo ator James Dean, no papel do jovem e rebelde Jim Stark, com seu figurino jeans e t-shirt branca –, um clássico dos dias de hoje. Seguindo James Dean, Marlon Brando, Elvis Presley e até mesmo Marilyn Monroe usaram o jeans como símbolo de sensualidade e transversão.
Não demorou muito para o denim cair no gosto da alta-costura: Karl Lagerfeld foi o primeiro a criar uma jaqueta em jeans e rebites para a Maison Chanel.
A primeira calça jeans customizada apareceu como o movimento hippie dos anos 70, a versão boca de sino tomou conta do cenário flower-power, embalada ao mantra “Turn on, tune in, and drop out” – proferido, em 1964, por Timothy Leary, professor de Harvard que ficou famoso por defender os benefícios terapêuticos e espirituais do LSD. Estilistas como Yves Saint Laurent, Emilio Pucci, Valentino, Zandra Rhodes e Bill Gibb até tentaram abraçar a estética hippie, entrar no clima lisérgico, mas nada era capaz de substituir o ar handmade, de “faça você mesmo”, tão essencial ao estilo.
Nos últimos anos, as vendas de jeans haviam baixado devido ao crescimento da roupa esportiva. Mas essa última semana de moda de Londres mostrou que a coisa mudou, o denim tomou conta da última temporada de moda, a tendência é jeans dos pés a cabeça.
Calças Jeans de cós alto com camisa jeans e sandálias flats são o must have da estação. A Gucci apostou no denim em blazer militar e em jeans cropped. Os vestidos em denim também apareceram nas coleções de Alexa Chung para a AG Jeans.
Já a Louis Vuitton reinventou o denim nos sapatos, e não foi a única: a famosa estilista de sapatos Laurence Dacade criou uns boots em denim e bordados para a Chanel. Jimmy Choo também entrou na onda denim.
Aposta certeira e eterna, o jeans é clássico e atemporal, e suas combinações para esta temporada são infinitas.
